domingo, 28 de julho de 2013

Entrevista de Peterson Azevedo na Revista Diversos Afins

Pequena Sabatina ao Artista

Por Fabrício Brandão

Conferir olhos ao mundo é atestar a complexidade da nossa própria existência. E, certamente, essa conclusão não é novidade alguma para grande parte das pessoas que se enveredam pelas vias da fotografia, ora como criadores, ora como simples apreciadores. Em termos artísticos, representar o mundo através de imagens vem deixando de ser um exercício meramente contemplativo para dar margem a uma série de possibilidades. Dentre estas, uma das mais importantes é a que sugere um profundo direcionamento de atenções aos tipos humanos e suas noções de pertencimento.
Frequentemente, homens e seus lugares são objeto das observações emanadas da fotografia documental. No entanto, poucos são os fotógrafos que sabem captar com valoroso viés diferenciado a caracterização desse nicho. Fala-se aqui duma perspectiva de abordagem de mundo que procede de forma harmoniosa, mantendo intactos os usos e costumes do universo observado. Não bastasse esse cuidadoso penetrar de cunho antropológico, um atributo também poético ao olhar é capaz de fazer dos registros especiais celebrações de vida. E tudo o que aqui tratamos em matéria de qualidade no ofício de captar a luz se aplica ao trabalho do baiano Peterson Azevedo.
Agregando sua formação de geógrafo à de fotógrafo, Peterson vislumbra nas imagens uma representação poética do mundo. Ao revelar, de modo sensível, a trajetória dos homens, intenta a descoberta de outros territórios. Em seus registros, podemos abstrair o que vemos imediatamente em matéria de constatação de um plano físico imediato e somos conduzidos a testemunhar outras esferas de convívio. Novos signos afloram, sobretudo quando o tema é refletir acerca das questões ligadas à cultura popular. Para falar um pouco sobre seu caminhar pela fotografia, Peterson nos acolheu para uma conversa, diálogo que evidencia, de maneira bastante especial, um percurso por outras terras.



Peterson Azevedo - Autorretrato

DA – Quando observamos suas imagens, percebemos o quanto faz sentido pensar na questão das territorialidades, algo forte em seu trabalho. Para além do que chamamos de real, a noção de transcendência sugere outras fronteiras aos homens e seus lugares. Qual o significado disso para o exercício do seu olhar?
PETERSON AZEVEDO – Sim. As questões de identidade sempre me acompanharam. Quando me encontrei com a geografia e suas categorias, logo me apaixonei pelo universo do popular e de seus imaginários. A territorialidade que construímos, ao longo de nossa vida, se apresenta sempre em forma de comportamento e atitudes sociais. O que tento fazer é eternizar esses movimentos em forma de imagens, como você bem disse, transcendendo para o meu mundo particular, onde as territorialidades das imagens que faço se misturam com a minha identidade. Essas ações significam muito, no sentido de observar o mundo como geógrafo, colocando uma pitada de imaginação individual.
DA – Nesse mergulho no universo popular, que tipo de desafios você destaca como sendo os mais significativos?
PETERSON AZEVEDO - Realizar um registro etnofotográfico requer uma paciência tibetana (risos). Os desafios são muitos. Primeiro, deve-se ter a compreensão de que aquele grupo social ou indivíduo, além de sua história pessoal, possui uma relação de pertencimento ao lugar que vive e suas relações com os “iguais” não podem e nem devem ser vistas como um simples modelo para seu olhar. Antes de levantar a câmera, é importante que estabeleça um breve vínculo identitário e/ou social com o ambiente, para entender e compreender o que se vai registrar. Acredito que esse seja o grande desafio. Conseguindo estabelecer essa relação, vem então a recompensa. Não nego o valor documental da fotografia, mas prefiro pensar que ela é muito mais do que um mero registro e sim uma oportunidade de eternizar momentos com poesia e arte.
O popular e seus encantos não podem ser alvo mercadológico do ato fotográfico, deve ser respeitada a construção de seus espaços geográficos e suas territorialidades e é por isso que estou evitando ir a festas populares na Bahia. Esse respeito no tempo e no espaço está, cada ano, sendo invadido, de maneira abrupta e tumultuada, com um único objetivo que é fazer o registro simples e descontextualizado, atropelando os rituais, descaracterizando-os irresponsavelmente. A foto nunca deve ser mais importante que o ritual simbólico popular construído há milhares de anos. Acho que hoje é meu principal desafio, esperar essa enxurrada tecnológica acalmar, e/ou outro foco de interesse na fotografia baiana surgir, para que possa me debruçar novamente ao popular, mas com o devido respeito que merece.
DA – Acredita que essa inabilidade de alguns fotógrafos em lidarem com temas tão ricos e profundos, emanados da cultura popular, está numa obcecada e, portanto, distorcida busca pela representação do real?
PETERSON AZEVEDO – Pergunta delicada, mas sim, a busca pelo real, muitas vezes, cria em nós uma “cegueira imagética”. A realidade é, no tempo e espaço, construída com valores e instantes dinâmicos e imperceptíveis, carregada de signos, ou seja, é humanamente impossível retratá-la de maneira verossímil. François Soulages escreveu que uma foto é um vestígio da realidade, mas qual realidade? Do objeto retratado ou de um fragmento dele mesmo? Um vestígio de quem fotografa ou de quem é fotografado, ou mais de quem vê a foto? Acredito nisso também, acho que os fotógrafos devem criar sua realidade no tempo e espaço, uma realidade permanente própria e que só é possível após a perda de um instante, e é, neste momento, que entra em cena a arte, o fazer artístico que por si só transcende a noção do real e passa a fazer parte do mundo filosófico.
DA – Numa entrevista concedida à Diversos Afins, o fotojornalista Evandro Teixeira considera que as facilidades da era digital foram responsáveis por uma banalização do ato de fotografar. Como você avalia essa mudança de paradigma? Há, de fato, muitas rupturas conceituais em curso?
PETERSON AZEVEDO – Não importa como se vê, o importante é ver! Hoje, vivemos num mundo cada vez mais veloz e repleto de informações e é, nesse sentido, que a imagem vem assumindo uma importância muito grande, no nosso dia-a-dia. A sociedade moderna é, por si só, uma sociedade orientada pela imagem, onde a TV, a internet, os dispositivos móveis como o ipod, o ipad e o tablet, outdoors e a mais antiga de todas as representações imagéticas do mundo, a fotografia, têm papel decisivo na forma como entendemos a realidade. Entendo a crítica que Evandro faz, só não posso concordar com o termo “banalização”. O que ocorre é que o avanço na Tecnologia da Informação e da Comunicação possibilitou, sim, uma democratização do olhar. É complicado entrarmos na discussão do “belo” e do “feio”, que é completamente complexa, em temos epistemológicos e estéticos. Se lembrarmos, já vivemos essa dialética com o cinema, no qual os críticos diziam que iria acabar com o teatro, que a televisão acabaria com o cinema e que a fotografia destruiria a pintura.
Todos somos representantes de nossos mundos, responsáveis pelo que construímos e registramos na nossa história. A imagem é um elemento fundamental para contarmos os nossos tempos. A fotografia deve ser encarada como elemento de escrita e o nosso olhar como a ferramenta desses rabiscos. Não importa se a foto registra arte ou documento, se a câmera é digital ou analógica, pin-hole ou de celular, cara ou barata, pequena ou grande. O importante é como você vai usar essa ferramenta poderosa, possibilitando a construção de um olhar mais crítico sobre a realidade e, assim, de um mundo melhor.
DA – Numa acepção mais ampla do termo, considera que o seu olhar sobre o mundo assume um caráter politizado?
PETERSON AZEVEDO – Sim, somos seres sociais, logo, politizados. Vivemos em um sistema de organizações e leis, vivemos em um sistema de relações interdependentes, e esse sistema nos condiciona a viver em constante interação, fazendo escolhas de acordo com regras e/ou ideologias. Com a fotografia não é diferente. Ela é a representação de nós mesmos, carregada de histórias de vida, formações ideológicas e escolhas de mundo. Às vezes, não temos essa percepção imediata, mas se você analisar seus registros, vai encontrar algo de questionador, pode ser uma indignação, uma constatação ou até mesmo um grito revolucionário. No meu caso específico, sim, considero meu olhar politizado, e muito influenciado pelo meu lado geógrafo, tento sempre retratar meu mundo de maneira crítica, mas colocando sempre uma pitada de cor, de esperança, e nunca de maneira catastrófica ou apocalíptica.


Peterson Azevedo - Autorretrato

DA – O quanto sua formação de geógrafo demarca trajetos em torno da fotografia?
PETERSON AZEVEDO – Meu encontro com a fotografia se deu na faculdade. Na época, a realidade digital ainda não tinha aportado no Brasil. Um amigo recém chegado do exterior tinha comprado uma câmera SLR e não conseguirá vender, ela acabou caindo no meu colo, não entendia nada de fotografia, foi quando um professor solicitou a turma que fizéssemos um registro fotográfico e etnográfico de pescadores e marisqueiras de uma cidade no Recôncavo Baiano, foi então que surgiu o primeiro desafio: aliar geografia e fotografia. Foi um desastre, imagens tremidas, sem foco, mas serviu como estímulo para minha aprendizagem. Desde então não larguei a fotografia, ela passou a me acompanhar em minhas caminhadas como pesquisador e professor. A fotografia que faço esta impregnada de conhecimentos ligados à geografia, principalmente aos ensinamentos de dois grandes mestres, o Professor Milton Santos e o Professor Josué de Castro, que me inspiram constantemente. A territorialidade de quem ou o que fotografo, é o que busco sempre colocar em meu olhar.
DA – Você sustenta que a fotografia documental não é a única via a seguir. Esse modo de pensar está ligado a uma impressão de que essa modalidade fotográfica está excessivamente relacionada a uma perspectiva antropológica, na qual o outro é sempre um objeto estranho e, portanto, passível de pactos, mesmo que silenciosos, de aproximação?
PETERSON AZEVEDO – Sim. Entendo que os estudos etnográficos devem sempre caminhar junto com a fotografia documental. Se pularmos a etapa de contato e convívio, a meu ver os momentos serão sim, um universo de escolha, mas apenas isso, perdendo a oportunidade de mergulhar no universo do fotografado e estabelecer o encontro com o universo de quem fotografa.
DA – Quando o assunto é o olhar sobre pessoas, parece haver, em alguns momentos, um processo de coisificação do homem, reduzindo-o a mero objeto de observação. O que pensa a respeito disso?
PETERSON AZEVEDO – Como já conversamos anteriormente, o mais importante para mim é o encontro. O encontro de mundos. Quando eu fotografo, procuro realizar esses encontros de maneira tranquila, sem amarras mercadológicas, sem interesses politiqueiros, mesmo sabendo que, como ser social, fazemos política a todo segundo de nossa existência. Acho que quando se refere a “objeto”, entendo que essa discussão se dá no pós-registro, o que será feito desse instante capturado. O que se deve discutir são os interesses por trás da câmera, e muitas vezes é aí que se estabelece a coisificação do humano, como elemento de contradições ideológicas.

DA – Em matéria de linguagem, a transgressão é um atributo que lhe soa familiar?
PETERSON AZEVEDO – É complicado e difícil realizar uma crítica do próprio trabalho. Se transgredir é ultrapassar o limite, não se preocupar sempre com regras e técnicas, acho que poderia dizer que sim. Gosto de trabalhar com policromáticos, sem me preocupar com palheta de cores. Costumo pensar que é a imagem que escolhe seu “destino” (risos). Quando estou editando, não penso o que pode e o que não pode ser feito, mas compreendo que esse processo só é possível quando seu trabalho é livre e liberto das encomendas e amarras publicitárias e de mercado (não tenho nada contra a publicidade). Quando estamos em um processo de criação, devemos estar abertos a todo o universo criativo, se isso é transgredir, que bom que sou um “transgressor” (risos).
DA – Quais marcas de nosso tempo merecem a especial atenção de um fotógrafo?
PETERSON AZEVEDO – Essa discussão da contemporaneidade é bastante complexa. Será que já saímos da modernidade? Pois bem, nós somos desafiados a ser criativos a todo momento, seja no nosso dia-a-dia, seja na nossa profissão, e, como seres inquietantes que somos, temos que dar respostas imediatas a essas demandas. A fotografia é para mim o subterfúgio destas angústias, procuro entender o ato fotográfico como um dialogo comigo mesmo, logo, um diálogo no meu tempo e espaço. Na dita contemporaneidade não será diferente. Acredito que com a revolução técnico-científica-informacional a fotografia vai junto nessa enxurrada, e terá também que dar respostas a esse clamor. Quando esse tempo chegar, vou tentar me afastar um pouco desse turbilhão informativo, e olhar mais para o interior do País, para questões que sempre me interessaram, mas por vários motivos ainda não tive a oportunidade de dialogar com esse universo – que é o Sertão. Sinto-me mais maduro e preparado para mergulhar no mundo sertanejo, buscando, em algum lugar, a minha territorialidade.


*Alguns trabalhos de Peterson Azevedo estão expostos em nossa 80ª Leva



 Ver publicação original em Satina ao Artista


terça-feira, 9 de julho de 2013

Apresentação da Exposição "Permanências Percussivas" no Sarau de Itapuã



Luciana Vasconcelos e Peterson Azevedo (Cacau do Pandeiro, no telão)

Ontem (08/07), na Casa da Música, no Parque Metropolitano do Abaeté, ocorreu mais um SARAU DE ITAPUÃ, evento realizado há seis anos em parceira com a IMA – Independência Musical Associada. A programação contou com o encerramento da exposição “De Lua pra Todos Nós”, a qual comemorou o centenário de Luiz Gonzaga, a apresentação do Grupo Brincantes do Nordeste, da cantora Rosa Bahia e do poeta José Inácio Vieira de Melo. 


Luciana Vasconcelos e Peterson Azevedo (Cacau do Pandeiro,
no telão)

Na oportunidade, também foi apresentada pela Coordenadora de Artes Visuais da Funceb, Luciana Vasconcelos, a próxima exposição “Permanências Percussivas”, do fotógrafo Peterson Azevedo, vencedor do edital Portas Abertas, juntamente com Clara Domingas. Ambas acontecerão no segundo semestre de 2013. A exposição de Peterson mostra a beleza de um patrimônio da música baiana, Cacau do Pandeiro.



quarta-feira, 26 de junho de 2013

Revista Diversos Afins - Peterson Azevedo

Olhares

SOBRE OUTRAS TERRAS

Por Fabrício Brandão




Foto: Peterson Azevedo

Entre nós, o pó da estrada demanda as coisas visíveis e um sem fim de incertezas. Ao longo das sinas, os homens movem antigos costumes, prestando-se ao ritual das horas, certos de que seguir adiante é parte de uma rotina que não se explica cartesianamente. As faces se desnudam na roda viva de missões e preces silenciosas. Outras paragens se descortinam.
O fotógrafo baiano Peterson Azevedo testemunha de perto o nascimento desses novos territórios. O modo como homens e lugares se fundem é trunfo especial de seu ofício. Sua capacidade de observação do real sugere um acesso diferenciado a um mundo de acontecimentos singulares. E poder trazer à tona o que se oculta poeticamente nas mais diferentes trajetórias de vida encerra-se em verdadeiro achado.
As lentes do artista dão vazão ao surgimento de novas dimensões da existência. Não importa apenas o registro físico das representações de mundo, mas principalmente o que se pode vislumbrar a partir dele. Assim, somos apresentados a uma série de sentimentos, refletindo aspectos que coexistem despercebidos na rotina de seus observados.



Foto: Peterson Azevedo

Imerso no ambiente popular, Peterson se depara com relatos particulares de vida, evidenciando, fundamentalmente, o caráter étnico das relações humanas. Sua formação de geógrafo lhe permite transpor para as lentes reminiscências de acontecimentos tanto vividos quanto imaginados. Ao transitar por territórios dotados de características próprias, procura se distanciar de noções viciosas ou até mesmo de preconceitos. Importa ver o outro como um interlocutor de seu trabalho e jamais um mero elemento alegórico de composição.
Adepto de livres escolhas, o artista não credita ao viés documental a condição de única via a seguir. Prefere se desvencilhar dos lugares preestabelecidos e, desse modo, ampliar sua noção de territorialidade. Com isso, outras perspectivas de pertencimento são geradas, todas elas advindas dum olhar que em nenhum trecho da jornada negligencia a sensibilidade.



Foto: Peterson Azevedo

* As fotografias de Peterson Azevedo são parte integrante da galeria e dos textos da 80ª Leva.


Matéria publicada originalmente na Revista Diversos Afins.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Fomos Aprovados no Edital Portas Abertas - Funceb


PORTAS ABERTAS PARA AS ARTES VISUAIS 2013
PROPOSTAS SELECIONADAS


CASA DA MÚSICA

Peterson Azevedo Amorim - Exposição Fotográfica Permanências Percussivas
Clara Domingas - Nativa relativa


Estamos dentro!

Ver mais: http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/editais#fechados-tab

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Making Of - Documentário "Oficina de Ludicidade e Jogos Teatrais"


Gravamos na Escola Jesus Cristo, na Mansão do Caminho, no bairro de Pau da Lima, Salvador, o documentário sobre a "Oficina de Ludicidade e Jogos Teatrais" que fundamentou a dissertação de Mestrado da educadora Guel Pinna.


Foto: Joalva Moraes


Foto: Joalva Moraes



Foto: Joalva Moraes


Foto: Joalva Moraes


Foto: Joalva Moraes


Foto: Joalva Moraes


Foto: Joalva Moraes


Foto: Geraldo Seara


Foto: Geraldo Seara


Foto: Peterson Azevedo


Foto: Peterson Azevedo



segunda-feira, 25 de março de 2013

Peterson Azevedo no 10º Concurso Cultural Fotográfico Leica



Com a fotografia "O mundo na palma da mão", Peterson Azevedo foi premiado com Menção Honrosa na categoria Cor, no 10º Concurso Cultural Fotográfico Leica - Fotografe. Segundo os organizadores do concurso,  está prevista a publicação de um livro comemorativo com as imagens premiadas ao longo dos últimos dez anos, incluindo as Menções Honrosas.



Peterson Azevedo - O mundo na palma da mão






terça-feira, 19 de março de 2013

Augusta 724 - Curta




Augusta 724 from MrsJMMenezes on Vimeo.


Filme de : Joalva Moraes, Patrick Cavalier, Paulo Leônidas e Peterson Azevedo


Roteiro: Joalva Moraes e Patrick Cavalier


Direção de Fotografia: Peterson Azevedo e Paulo Leônidas


Produção: Joalva Moraes e Patrick Cavalier


Montagem e Edição: Paulo Leônidas


Realização: Academia Internacional de Cinema


Co-produção: Cabeça-Feita Produções



Sinopse: O filme apresenta Maurice Plas, um imigrante francês que escolheu o Brasil para viver desde a década de 1950. Há mais de 50 anos, Monsieur Plas mantém sua loja numa das mais famosas ruas de São Paulo, a Rua Augusta. Alheio às mudanças que ocorreram nesse local ao longo dos anos, Plas faz de seu estabelecimento um lugar especial, cultivando uma atmosfera de nostalgia.


Por quem as notas voam - Curta


Confiram mais um curta metragem produzido pelo Cine Arts, no ano de 2010, com a participação de Joalva Moraes na Direção de Produção:






 

Peterson Azevedo é Primeiro Colocado no Concurso de Fotografia da Uneb

Peterson Azevedo
Peterson Azevedo foi um dos três vencedores do Concurso de Fotografia Agenda 2013: UNEB, uma riqueza a Bahia – Riquezas da Bahia, promovido pela universidade, por meio da Comissão dos 30 Anos.
Peterson, ex-aluno da instituição, conquistou o primeiro lugar com uma fotografia capturada no bairro dos Alagados, em Salvador. A segunda posição ficou com Michele, estudante de letras do Campus XXIII, em Seabra, com uma fotografia do Rio Cocho, no povoado de Boa Vista de Cananéia, no município.
Já Adriana, técnica administrativa do Campus XXII da UNEB, em Euclides da Cunha, recebeu o terceiro lugar com uma foto do Jardim Euclidiano do Memorial Antônio Conselheiro, no município de Canudos.
Os coordenadores dos colegiados de desenho industrial, Antônio Neto, e de comunicação social, Ruy Aguiar, além dos representantes Júlio Cesar Rocha, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PPG), Maria Aparecida Meireles, da Comissão dos 30 anos, e Serafim Nossa, da Reitoria, compuseram a comissão julgadora do certame.

A foto premiada:




Joalva Moraes - Verbo 21/Dez 2012





Nem Tudo é Colorido no País do Futebol, de Joalva Moraes


Foto de Peterson Azevedo exposta em Campinas

 

Camaçari é representado em exposição fotográfica na cidade de Campinas



A Chama do Progresso / Marilton Trabuco

Camaçari marca presença na Exposição Fotográfica “O Fim dos Clic’s” no Museu da Imagem e do Som na cidade de Campinas, no estado de São Paulo, entre os dias 12 e 31 deste mês.
Os fotógrafos Marilton Trabuco e Peterson Azevedo são dois dos selecionados entre os 20 que compõem a exposição promovida pelo Núcleo de Fotografia de Campinas. O concurso se baseou na pergunta: se o fim do mundo chegar, qual foto você deixaria como registro de nossos dias?
A partir desta pergunta fotógrafos do Brasil e de outros seis países (Alemanha, Argentina, Chile, Espanha, Portugal e Uruguai) encaminharam via e-mail fotos e histórias em resposta a pergunta do concurso.


A alegria / Peterson Azevedo

Entre as 20 fotos selecionadas, 12 são em cores e oito em preto e branco, feitas por 11 fotógrafos e nove fotógrafas provenientes de vários estados do Brasil, (um do Amazonas; três da Bahia, sendo dois de Camaçari; dois do Distrito Federal; um de Minas Gerais; dois do Pará; um do Rio de Janeiro; 2 do Rio Grande do Sul; um de Santa Catarina; quatro de São Paulo; e três fotos de Buenos Aires - Argentina.
Peterson Azevedo / Auto-retrato
Peterson Azevedo / Auto-retrato
Peterson Azevedo fez a foto classificada em um sábado de alegria como seu filho, em um pequeno parque de diversões. “Se o mundo realmente acabar, gostaria de deixar para a futura geração de hominídeos como recomeço, o que temos de melhor: A alegria”.
Marilton Trabuco, presidente do Clube de Arte Fotográfica Camaçari – CAFC, Respondendo a questão apocalíptica enviou a foto "A Chama do Progresso" (que também integra a Primeira Mostra Fotográfica de Camaçari) acompanhado do texto solicitado pelo regulamento. "O fim do mundo é relatado em várias culturas, todas partem do principio de que "O que começa! Um dia acaba. Marcar data para o fim, não me perece confiável, o tempo é relativo, a vida é efêmera, o fim certamente chegará, e chegará individualmente. O que é necessário hoje é repensar o estilo de vida que adotamos e seguimos, as agressões a natureza certamente serão cobradas em algum momento. Eu vivo ao lado de um Polo Petroquímico, a emissão de poluentes é inevitável, todos se esforçam para minimizar os impactos, mas certamente eles existem! A foto que eu deixaria para um "pós-apocalipse" seria essa, a foto da "chama" que arde iluminando um "progresso" duvidoso".
Marilton Trabuco / Foto: Antonio Brito
Marilton Trabuco / Foto: Antonio Brito
Além das 20 fotos selecionadas também serão exibidas imagens de cinco fotógrafos convidados e alguns membros do Núcleo de Fotografia de Campinas – NUFCA, totalizando cerca de 30 fotos.






Abismo de Flores - Curta



O curta Abismo de Flores é um filme produzido por alunos do curso 2010/2011, do Cine Arts, e conta com Joalva Moraes na produção. Apreciem!





Acessem o site do Cine Art's.


Foto de Peterson Azevedo é selecionda no 18º Concurso Latinoamericano de Fotografia



Heranças de Cuba - Peterson Azevedo


LISTADO IDENTIFICADO DE LOS FINALISTAS, CUYAS OBRAS COMPONEN LA MUESTRA OFICIAL DEL 18 CONCURSO LATINOAMERICANO DE FOTOGRAFÍA DOCUMENTAL

 El Jurado de Selección, compuesto por los fotógrafos Jaime Duque, Pastor Iván Giraldo y Jairo Ruiz Sanabria, realizó el trabajo de análisis y selección del conjunto de imágenes que llegaron al 18 Concurso Latinoamericano de Fotografía Documental.


Al concurso llegaron 4.113 fotografías enviadas por 926 fotógrafos procedentes de 30 países. La lista de seleccionados, en cada una de las categorías, es la siguiente:


CATEGORÍA          HOMBRES  
TRABAJADORES

NOMBRE
PAIS
OBRA
Alejandro Cock Peláez
COLOMBIA
Mineros verdes (serie x 2)
Cesar Augusto Ceballos Montoya
COLOMBIA
Cocas (serie x5)
Consuelo Morales Pagaza
MÉXICO
El rey de los filetes
Daniel Alfonso León
COLOMBIA
Colonizadores Ceará
David Orlando Parra Pulido
COLOMBIA
Bendito entre las mujeres
Eric Bauer Dantzer
COLOMBIA
Los últimos trigales (serie x 3) - Nariño tierra del café
Iano Andrade
BRASIL
Fotógrafos
Jorge Alejandro Ortiz Jarquín
GUATEMALA
Doble sentido
Juan Diego Buitrago Cano
COLOMBIA
Bailarín con muñeca (serie x 4)
Luis R Cobelo
VENEZUELA
Mineros de Cerro Rico (serie x3)
Luis Sanchez Davilla
ESPAÑA
Bolivia
Marcelo Ferreira
BRASIL
Trabalhadores rurais
Marco Antonio Flores Ramírez
MÉXICO
Cotero en Andes
Octavio Omar Felipe Nava
MÉXICO
Vendedor de Rosas
Oscar Abel Cejas
ARGENTINA
Raul el artesano - Trabajando al sol
Pablo De Luca
BRASIL
O cortador de cana
Roberto Junior Aparecido
BRASIL
Ceramista
Rodrigo Alfonso Oropeza Rugama
MÉXICO
El último constructor (serie x 4) - Los trabajadores y sus máquinas (serie x 5)
Sebastián Demov Cánepa
URUGUAY
Agricultura artesanal
Alfonso Cano Reguero
ESPAÑA
Mujer Bateyana
César Augusto Romero Aroca
COLOMBIA
Madre entre llantas
Daniel Hector Ricagno Colombo
ARGENTINA
La acróbata
Daniel Palacio Tamayo
COLOMBIA
Maniquí
Eric Bauer Dantzer
COLOMBIA
Tejer como arañas
Ernesto Guzmán Ruiz
COLOMBIA
Por la palabra perdida (serie x 2)
Ezequiel Becerra Tomas
COSTA RICA
Mujeres Kunas (serie x 3)
Fabio Gallego Aristizabal
COLOMBIA
De parto
Guillermo Prat Izquierdo
ARGENTINA
No Hay (serie x 3)
Hernando Javier Alvarado Gutiérrez
COLOMBIA
Soldadoras (serie x 2)
Jonathan Carvajal Borja
COLOMBIA
"Medellin es una ganga" (serie x 5)
Jorge Arturo Dueñes Mendez
MÉXICO
Mujer en el boxeo (serie x 2)
Jorge Luis Quiroz Reyes
CHILE
Mineras
Juan Carlos Ruiz Duarte
ESPAÑA
Lima
Juan José Higuera Gómez
COLOMBIA
Chola
Karen Baldovino Arrieta
COLOMBIA
Danzarina
Leonardo Majluf
ARGENTINA
Tangos Bajos
Lina María Posada Vélez
COLOMBIA
SOLDADORA DE ILUSIONES
Luciano Zdrojewski
ARGENTINA
Pirulinera
Luis Torres Ruiz
MÉXICO
Trovadoras
Mariza Formaggini Versiani
BRASIL
Mãos que ajudam a nascer
Miguel Ignacio Robaina Mandl
URUGUAY
Restauradoras
Newton Santos Silva
BRASIL
Beauty -Relax
Olivier Boëls Bernard
BRASIL
Solo
Omar Lucas
PERÚ
Las Pallaqueras (serie x 3)
Oscar Adrián Jaimes Ceja
MÉXICO
Trabajo para el alma
Oscar Iván Díaz Galindo
COLOMBIA
La mujer y los días
Peterson Azevedo Amorim
BRASIL
Heranças de Cuba
Roberto Armenta Hernández
MÉXICO
Lo lleva en la sangre (serie x 2)
Simón Calle León
ARGENTINA
Los protestantes
Vinícius Amaral Da Costa
BRASIL
Redeira
Walcyr Mattoso
BRASIL
En la vida de coser
Ángel Miguel Calderón Chaco
COLOMBIA
Vendedora De Frutas
Angie Katherine Arredondo Hoyos
COLOMBIA
Deshojando Esperanzas!
Ariel Álvarez Ortega
MÉXICO
Espejito, Espejito (Serie X 2)
Christian Torres Torres Luis
MÉXICO
Cantos De Alegría



Clara Alegre Arnau
ESPAÑA
Con La Suerte Entre Las Manos
Danielle Pereira Almeida
BRASIL
Unos Sonríen, Otros No
Diego González Sanz
ESPAÑA
Hermana Y “Madre”
Ezequiel Lazarte Escalante
ARGENTINA
Los Aprendices De Petiseros
Iano Andrade
BRASIL
Vendedora De Bandeira
Isleyer Karina Rodríguez Peña
COLOMBIA
Mision Temprana
Itziar Matxain Urra
ESPAÑA
Lustras
Jonathan Carvajal Borja
COLOMBIA
"El Bus De Cada Día" -Medellín Es Una Ganga (Serie X 5)
Jorge Eliecer Orozco Galvis
COLOMBIA
Los Niños Mineros (Serie X 4)
Jorge Mario Álvarez Arango
COLOMBIA
"Sin Mascara"
Kátia Valeria Santos De Carvalho
BRASIL
Donas De Casa Precoces
Lina María Posada Vélez
COLOMBIA
Niños del café (Serie X 3)-Soldadora De Ilusiones
Marcelo Alejandro Díaz Espinoza
CHILE
Niña Boliviana En Puesto Artesanal
María Cecilia Alvarado Domínguez
MÉXICO
Cómprame Una
Mario Alfredo Regis Tumaz
ARGENTINA
No Se Trata De Un Juego
Miguel Antonio Villalta Vásquez
EL SALVADOR
Vendiendo Sonrisas
Oscar Javier Amaya Otálora
COLOMBIA
Niño Pescador En Taganga
Patrick Dionne
CANADA
Vendedor De Pan
Rafael Mauricio Montoya Hoyos
COLOMBIA
Imagen Y Semejanza
Rolando Rafael Montalván Martínez
CUBA
Equilibrio
Sadua Aristizábal Nuñez
COLOMBIA
Los Niños Son El Futuro De Colombia
Santiago Correa Escobar
COLOMBIA
Niño Pescador
Stefano Figalo Silva
BRASIL
Sapato Velho
Toni Arnau Masanet
ESPAÑA
Candela
Víctor Jaramillo Granados
COSTA RICA
Fair Trade (Serie X 3) - Y Quién Los Cuida
Virginia Maria Yunes Battisti
BRASIL
Água Viva - Todo O Dia Ela Faz Tudo Sempre Igual
Alberto Cesar Araujo Souza
BRASIL
Haitianos en el Amazonas
Antonio Pérez Gil
ESPAÑA
Médicos de Familia (serie x 5)
Daniel Adrián Ayala
ARGENTINA
Trabajo hormiga: Ni el hambre, ni el dolor (serie x 2)
Hernán De Jesús Jaramillo Ramírez
COLOMBIA
El sueño americano
Leonardo Koller Pastoriza
ARGENTINA
Barbero
Luz Dary Cortés Marín
ESPAÑA
Sueños rotos (serie x 4)
Manuel Salvador Saldarriaga Quintero
COLOMBIA
Sin techo - Trabajando a la sombra de Minnie Mouse
Mariza Formaggini Versiani
BRASIL
Cortadores de asfalto (serie x 5)
Viviana Belén Maidana Maidana
ARGENTINA
La familia trabajadora en un país vecino



PROGRAMACIÓN DE LAS EXPOSICIONES DEL CONCURSO EN MEDELLÍN

La muestra completa estará expuesta en los módulos del Museo de la Calle, durante 4 meses, en los siguientes espacios públicos:

-Plazoleta central del Centro Administrativo La Alpujarra: del 7 de mayo al 7 de julio.

-Boulevard de Junín: del 8 de Julio al 8 de Septiembre.

PARQUES BIBLIOTECA Y OTROS LUGARES

-Parque Biblioteca La Ladera: Del 11 de mayo al 24 de junio . Estarán expuestas las categorías “Hombres Trabajadores” y “Mujeres Trabajadoras”.
- Parque Biblioteca Santo Domingo: del 19 de mayo al 26 de junio. Se exhibirán las categorías “Niñez Trabajadora” y “Trabajadores Migrantes”
-Parque Biblioteca de Belén: del 7 de julio al 7 de agosto. Estarán expuestas las categorías “Hombres Trabajadores” y “Mujeres Trabajadoras”.
-Parque Biblioteca de San Cristóbal: Del 7 de Junio al 6 de Julio- Muestra de la categoría “Trabajadores Migrantes”.